Wednesday, October 08, 2025

Seria mesmo sempre igual?











As folhas caem no quintal, nos parques, nas calçadas, nas ruas... caem por toda a parte, mas levantam o astral de quem gosta de contemplar esse espetáculo que nos traz o outono. As folhas vão mudando de cor, ficam vermelhas devido a produção do pigmento antocianina, que surge quando a clorofila verde se decompõe devido a menor quantidade de luz solar e temperaturas mais baixas, resultando em cores vibrantes (sim, fiz uma pesquisa para saber sobre isso e fiquei ainda mais inspirada).

O vermelho, o amarelo e laranja das antocianinas são formados a partir da glicose nas folhas e protegidos pelo frio. Sua presença ajuda a proteger o restante das moléculas de clorofila. À medida que a clorofila se decompõe, os pigmentos amarelos e alaranjados (carotenoides) que já estavam nas folhas, tornam-se visíveis. 🍁😍

Simultaneamente, hormônios como o etileno começam a ser produzidos na base da folha, criando uma camada de células que rompe a ligação entre a folha e o galho, e como consequência, as folhas sem o suporte da planta, proporcionam esse lindo bailar ao caírem. Ah, as lições que a natureza nos ensina!

 A arvore sofre esse processo para economizar água e energia para o (🥶brrrrr) inverno, evitando que a folha perca agua através da transpiração.

O outono precisa de dias frios e noites ensolaradas para que as antocianinas se desenvolvam e tragam cores mais vivas. A cor da folha depende da genética da planta e da espécie. Os belos formatos nos trazem um espetáculo à parte, pois muitas vezes elas são rompidas dos galhos e ganham um efeito simplesmente mágico ao percorrerem o caminho da queda. Ao percorrerem o caminho que as levam para onde elas precisam ir. Esse caminho sempre encantador. Um cair bailando, um baile ao cair que nos encanta, nos levanta. Nos tira do dia comum, da rotina, do stress, de um mau pensamento. E nos faz perceber que sim, a felicidade pode de repente... cair do céu.