Voando. Planando. Bem de leve ela vem.
Aparece. Esplandece. Com o vento a dançar.
Pausa. Pousa. Pólen. Flores. Cores. Ar.
Outra visita. Discreto zunir. Botões a
beijar. Num piscar.
Vem e vai. Sem despedida. Faz mais rara a
vida.
Um baile no jardim. Gratidão por
assistir. Diariamente e free.
Livre a voar. Um voar para dentro. Sem
tormento, sem dor. Só amor.
Amor ao que é espelho, e assim ao que
também não o é, ou será?
Um soar esquisito, esquilos. Uma língua
esquisita, não a dela, mas que também se faz.
Cintilar de asas, cintilar de vozes.
Vozes da tv, de filmes, de cinema.
Sessão da tarde pela janela do
quarto, pela janela do carro, pela tela*, e quem será ela?
A contemplar a natureza. As plantas. Os
animais. As surpresas.
Lembranças do passado colhidas e
replantadas.
Momentos passados tão presentes.
Momentos presentes. Presentes.
Seres encantados. Nos faz transformados.
Em mais. Sem ais. Em paz.
De lagartas a rastejar, luzes a voar.
Voando. Planando. Pintando.
Caminhando, cantando, dançando.
Vivendo. Convivendo. Aprendendo.
Ensinando.
Crescendo, fluindo. Resistindo.
Joaninha colorindo. Cigarras estridentemente
ecoando. Crianças brincando.
Convites à vida. Ela vai lá fora. Verão chamando.
E um inverno ameno.
Voando, planando. De leve, pesando.
Mas de leve ela segue. Pausa. Pousa. Move.
Morre...Renasce.
De larva no casulo escuro a se isolar, para
a vida na luz a amar.
Vaga essa luz, contente com a noite a se
aproximar.
Vaga uma alma, das correntes a se
libertar.
Semente plantada. Sorte lançada.
Presença florida, colorida. Curtidas.
Segunda porta ao se abrir. Sempre um
universo a descobrir.
A trilha sonora de pássaros:
Melodias com cardeais, robins e piuis
Vêm também sabiás e bem-te-vis.
Junto aos curupiras e sacis.
Um jardim a bailar, doce lar.
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