Onde a menina ia brincar e ao entrar, era como viajar...
Viajar para onde ela nem sabia direito
Só lembra que lhe causava medo e desejo.
Medo do que ia sentir ao achar coisas que só via por ali!
E o desejo de se aventurar
Indo além do que podia imaginar.
Com imagens que tanto ( e às vezes por espanto)
chamavam a atenção dela,
aquelas revistas não eram apenas simples fotonovelas.
As cenas que continham eram diferentes.
Podiam até começar com um encontro inocente,
mas depois ficavam muito mais quentes...
Os atores sempre bonitos e bem vestidos,
apareciam também... despidos!
E o contraste era logo percebido:
o que eles falavam, em balõezinhos estava escrito!
Nela era despertado um misto de curiosidade e adrenalina.
Com a vontade de ler as revistas vinha em seguida:
"Cuidado, menina! ...
Já pensou se alguém aqui aparecer?
E ver o que você está a fazer?
Uma criança lendo coisas feias?!
Revistas de safadeza?!"
Um castigo no mínimo, rolaria com certeza!
Hoje no ar fica uma dúvida sobre aquele mágico quintal.
De quem seriam aquelas revistas afinal?
Hóspedes, tios, tias, vizinhos...quem sabe?
Difícil acreditar que não tinham outro lugar para deixar.
Logo num quintal onde crianças iam brincar?
Onde iam fazer a imaginação aflorar...
E na memória momentos para sempre guardar!
Quem jogou ali aquelas revistas,
não tem noção do resultado
que causou este ato impensado.
Elas levaram a menina do mágico quintal,
Para um quarto bagunçado.
...
No comments:
Post a Comment